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from Memórias Invisíveis

Da série “Memórias Invisíveis”

dez 2016

Anos depois me dei conta da violência praticada. Aquela despedida fria que se estendeu tão lentamente trazia consigo as cicatrizes de uma relação cruel. Éramos dois carrascos punindo implacavelmente um ao outro.

Atendi a uma ligação dela naquela manhã. Ela sempre me liga no mesmo horário, às 11 horas e 45 minutos da manhã. Todos os dias, sem necessitar de relógio, fico próximo ao telefone e aguardo ele tocar.

– Oi, ela disse.

– Oi, minha resposta soou desanimada.

Não tínhamos muito o que conversar, ficamos em silêncio ouvindo o respirar ofegante um do outro. Após alguns minutos rompi com o silêncio.

– Tchau, e do outro lado da linha ela ensaiou um “eu te amo”, mas não chegou a terminar de dizê-lo.

– Tchau, e após um breve silêncio ela desligou o telefone.

Ainda não sabíamos, mas sua próxima ligação seria a última.

Dois dias depois, em uma quarta-feira, por mensagem, como de costume, marcamos de nos encontrar na Estação Araguaia. Como era comum com as ligações, nosso encontro se deu às 11 horas e 45 minutos da manhã. Ela estava deslumbrante, como todas as outras vezes em que meus olhos devotos contemplaram o vislumbre daquela deusa sádica.

Mergulhamos um no braço do outro e nos afogamos em beijos úmidos e quentes. Não tenho o costume de fechar os olhos quando beijo e naquele dia ela também não fechou os dela. Quando nossos olhares se encontraram durante nossa oração a Vênus paramos por alguns milésimos de segundos e pudemos ver nas almas um do outro que o fim se aproximava. A morte, com dedos longos e gélidos nos envolvia em seus braços finos e descarnados. Era frio, porém aconchegante. Era inevitável.

Pegamos a linha 031 e durante todo o trajeto, envoltos nos braços um do outro e em silêncio, fazíamos nossas preces aos deuses pagãos da luxúria e do amor. Não queríamos o que estava por vir, mas, ao mesmo tempo, era tudo o que desejávamos. Aquela história já tinha chegado ao fim. Vivíamos um epílogo forçado, um rascunho mal feito de um romance de folhetim. Nosso amor era puro, real, ardente. Mas somente amor já não era suficiente e nós não nos bastávamos, já não nos saciávamos por completo. Havia sede, mas não de outras pessoas. Havia sede de nós mesmos. Tornamo-nos dependentes e aquela foi a nossa sentença.

Naquele dia ela estava mais desanimada do que vinha sendo comum nos últimos meses. Minha parada estava por chegar e a convidei para ir descer comigo. Seu silêncio era relutante, mas no fim ela cedeu ao próprio desejo em assinar nossa carta de alforria. Chegamos em casa e fomos direto para o quarto. Não tínhamos nenhuma pretensão. Eu apenas precisava pegar alguns documentos e iríamos embora. Eu a chamara para ir comigo apenas para ter um pouco mais da sua companhia pois havia algumas semanas que mantínhamos contato apenas por telefone. Ela sentou em minha cama e eu me inclinei sobre a escrivaninha para pegar os documentos. Olhei seus profundos olhos castanhos e sorri. Ela sorriu em resposta e puxou a manga direita de sua blusa revelando um dos seios. Eu sabia o que devia fazer. Ela sendo a Deusa que era exigia de seu ascético as preces de devoção que ela julgava poder exigir. E ela podia. Aquele simples ato de devoção tornou-se um ritual de luxúria e sadismo. Seria a última vez em que Deusa e ascético se entregariam mutualmente em benção e graça. O sexo foi rápido, mas os minutos que o precederam foram uma eternidade.

Após pegar os documentos que necessitava, nos vestimos e saímos em direção a parada de ônibus. Aquela era a primeira vez, após meses castos, que nos entregávamos mutualmente à luxúria de Baco e Afrodite e também seria a última. De mãos dadas, em silêncio olhávamos para nossas sombras projetadas à nossa frente.

– Precisávamos disso, eu disse. Não era para ter dito, mas queria acabar com o silêncio. As escolhas de palavras foram péssimas. Não a via fazia meses, seu cheiro, seu toque, seu calor. Sua presença sagrada fazia falta. Eu precisava dela, eu precisava de minha Deusa e necessitava entregar a ela toda minha devoção, minha vida em preces. “Precisávamos disso” foi tudo o que consegui dizer. Ela me olhou com aqueles profundos oceanos de cor castanha e sorriu. Um sorriso triste que perguntava “É isso que tem a dizer?”. A pergunta não feita cravou em mim e penetrou profundo, como se uma erva daninha qualquer crescesse dentro de mim e fixasse suas raízes nos poros dos ossos. A dor era como se agulhas fossem enfiadas debaixo das unhas à custa de marretadas. Não ali, não naquele dia. Mas eu chorei.

– Precisamos conversar sobre nós, definirmos os termos de nossa relação. Não posso ficar aqui, preso a você sem saber se amanhã a verei outra vez. Preciso saber se me quer somente para ti ou se estou livre para amar outras também. Diga-me e assim farei.

Fui cruel, como já havia sido tantas outras vezes.

E mais uma vez a cena de um filme noir se desenrola.

“Após arrastá-la pelo longo corredor a joguei sobre a carpete persa estendida no meio da sala. Ela toda ensanguentada e tremendo de medo olhava-me fixamente nos olhos. Tentou articular algumas palavras mas o que restara da língua estava inchado e inflamado dificultando a expressão de qualquer som. Puxei uma cadeira e sentei-me de frente a Clarice. Com a faca em mãos gravei seu nome em minha pele. Meu sangue misturou-se ao dela. ‘Te amo’, sussurrei em silêncio, apenas movendo os lábios. Ela sorriu. Foi a última vez que vi Clarice sorrindo.”

Ela não disse nada. Continuamos em silêncio até a parada de ônibus. Nossa conversa foi distante e superficial, e evitamos ao máximo falar sobre qualquer assunto sério ou pessoal.

O ônibus chegou.

Ela me beijou e embarcou.

Sem dizer adeus.

Eu fiquei lá, observando-a ir embora, sabendo que essa era a última vez que veria aqueles olhos castanhos que eu tanto amava – ao menos, foi no que acreditei. Meu coração batia forte no peito e eu sentia uma mistura de tristeza e alívio.

Três meses haviam se passado e na parada de ônibus, enquanto esperava o transporte coletivo para ir à faculdade, o vento frio após a chuva me envolvia, trazendo consigo uma sensação de melancolia. Panfletos e sacolas plásticas dançavam ao meu redor, criando uma sinfonia sutil de crac-crac sob os pés dos transeuntes (passantes?).

O ônibus ainda estava longe quando meu telefone celular tocou, rompendo o ritmo monótono daquele início de manhã. Olhei para a tela, e o nome que surgiu fez meu coração acelerar. Era Clarice.


As narrativas deste texto fazem um paralelo alegórico entre os eventos reais e seus significados. Um dos parágrafos, retratando uma cena violenta e um tanto quanto macabra, é uma alegoria a história narrada nos parágrafos anteriores. Tem por objetivo demonstrar como uma situação aparentemente comum pode ter em si, um significado violento para os envolvidos.

 
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from Outras Coisas Mais

Da série “Asterismos”

fev 2020

Naquela manhã enquanto apreciava meu café sem açúcar lembrei-me daquele sorriso e me descobri apaixonado.

A lua está linda esta noite, tão linda quanto a puta nua sob os lençóis em minha cama. Sarcasticamente perdoem-me o linguajar. Sei que seu puritanismo hipócrita lhe dá uma pontada nos rins nessas situações e, se me permite dizer, eu não ligo a mínima para seus falsos ideais sobre condutas e moral.

Voltemos à lua e a puta.

Gosto de ter esses momentos após uma noite de sexo casual e culposo, aquela exata categoria de sexo em que não há orgulho mas também não há remorso. Aconteceu, foi prazeroso durante o ato e só, depois não há mais nada. Ao menos tem sido assim durante muito tempo, mas não hoje. Hoje há algo diferente. O cigarro entre o indicador e o anular de minha mão esquerda queimou totalmente, as cinzas voam ao vento enquanto me perco nestes pensamentos. De fato essa noite não é como as outras, olhando aquele corpo nu cheio de curvas, com sua pele dourada e seus longos cabelos negros, eu me pergunto se estou feliz. E a resposta é um sonoro e claro “não”. “Estou infeliz? Não”. “Indiferente”, essa seria a palavra que melhor me descreve, mas também me sinto mórbido. “É possível ser mórbido e indiferente? Ambos na mesma frase e adjetivando o mesmo sujeito? Acho que sim.” Quase todas as noites bagunço os lençóis com uma companhia diferente. Meus dias e noites tem se resumido a festas, bares, destilados e cigarros de maconha. No fim termino com uma ou duas pessoas no quarto do meu pequeno apartamento na zona sul da cidade. Nunca tenho a intenção de procurá-las no dia seguinte, marcar um jantar ou ir ao cinema. Na maioria das vezes, nem mesmo sei seus nomes. Temos um acordo, antes do nascer do sol vista suas roupas e vá embora, sem despedidas.

Como a maioria dos homens dessa porcaria de cidade, eu sou um canalha. Não sei se decidi ser um ou se me transformaram em um como consequência de crescer sob a custódia ideológica desta sociedade medíocre. Seja eu um subproduto do patriarcado ou não, continuo sendo um perfeito canalha. Mas se permitem me defender, sou um canalha com escrúpulos, tenho uma conduta ética a seguir. Nunca iludi nenhuma das garotas e mulheres sobre quem sou ou minhas intenções. Se elas terminaram na minha cama é porque assim como eu, elas procuram desesperadamente preencher seu vazio com as futilidades efêmeras dos prazeres carnais. Ou talvez elas apenas quisessem um pouco de sexo sem compromisso, sem nenhuma tensão existencial para forçadamente justificar as ações realizadas por elas em uma sociedade onde tal conduta é sempre reprovada, embora louvada quando praticada por homens como eu.

Esta noite não foi diferente, não até este momento. Após algumas doses de bourbon e uns dois passos de tango ambos estávamos nos despindo mutualmente ainda no Hall de Entrada enquanto esperávamos pelo elevador. Creio não ser necessário detalhar o que sucedeu a tal cena, mas para deixar essa narrativa menos detestável ofereço um pouco de prosa:

“No silêncio frio da noite no sétimo ou talvez fosse o décimo sétimo beijo… Os olhos dela brilharam, como se todas as estrelas da galáxia ali estivessem. Era de um brilho esplendoroso, uma nuance de todas as cores fundidas em um branco de textura rústica e aroma de felicidade. Seus lábios vermelhos, pintados a batom — talvez tivessem sido desenhados a mão pelo próprio Da Vinci — sorriam destacando os aspectos que valorizavam cada elemento que compõe sua boca. As linhas curvas de seu corpo fundiam-se a uma idealização da realidade, subjetivando o mundo exterior e tornando-a um ideal sublime e encantador. Sua imagem presenteava-me com uma experimentação de sensações extremas, guiando-me a um paraíso artificial entre teus braços, perdido no labirinto de seus beijos, uma aventura vivenciada nos sentimentos supracitados…”

Após uma fervorosa noite de trocas de fluidos, gemidos, suspiros e gozadas, levantei-me e como de costume vim para a sacada saborear um Marlboro vermelho. Até então não havia me dado conto de que desta vez havia fugido ao roteiro. Foi apenas após a primeira tragada do segundo cigarro, olhando minha sombra projetada contra a parede do outro lado do quarto que meu dei conta do ocorrido.

“Vi nas sombras um tedioso eu sendo arrastado por uma pretensa poetisa barroca nas entrelinhas de poesias vazias apenas para no fim acabarmos sem roupa. Calorosos corpos nus sob lençóis, suados e entrelaçados, assinando com unhas na pele um do outro sua selvageria primitiva. Com beijos vermelhos selamos o implícito contrato de não fidelidade, pertencemos a nós mesmos e é só. No olhar entrecruzado gritamos e evidenciamos sem desespero a solidão que não nos abala. Ela então parte sem dizer adeus e isto me excita, não precisamos fingir cumplicidade. Não nos veremos mais e muito provável, não tornaremos a lembrar esta noite. Exceto talvez pelo poema que ela escreveu com os dentes sobre a superfície de meu corpo. Mas como tudo neste mundo ele irá desaparecer e junto qualquer lembrança e vestígio daquele fugaz romance noturno de primavera.”

Eu me percebi odiando este roteiro, não queria que terminasse assim, não desta vez. Na minha frente imagens aleatórias começaram a se projetar, imagens nítidas de pensamentos que jamais imaginei, eu um dia teria. Mãos dadas em um passeio pela praia, sorrisos durante um piquenique em um parque, crianças correndo e gritando no jardim de uma casa de campo.

Agora, a morbidez e a indiferença parecem se dissolver em misto de emoções ainda mais confusas e indescritíveis. Meu estômago se retorce, minha cabeça dói e mal consigo respirar. Caminho cambaleante até à cozinha e bebo água direto da torneira, espero um pouco para me recobrar e volto para o quarto. Ainda fico alguns minutos em pé diante a cama antes de me decidir por deitar. Fiquei ali pelos últimos minutos que restavam antes da hora dela partir.

“Por alguns instantes descuidei-me, e quando percebi, meus olhos encontravam-se com os dela. Lindos olhos brilhantes, como uma centena de estrelas. Ela sorriu. Um sorriso tímido, daqueles que pedem desculpas desnecessárias. Em resposta, sorri de volta, desviei o olhar e ela se levantou. Partiu sem dizer nenhuma palavra.”

Naquela manhã enquanto apreciava meu café sem açúcar lembrei-me daquele sorriso e me descobri apaixonado.

 
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from Reflexões do Coração

Não sei bem o que quer meu coração. Entender emoções é difícil. Bom, eu não queria falar disso aqui, já que muitos podem vir a me julgar em pensamento ou não entender de fato. Talvez outros se identifiquem... Enfim, criei este espaço para poder escrever meus pensamentos e emoções anônimamente, para descarregar as minhas experiências da existência.

Sou servidor público há seis anos e recentemente mudei de cargo novamente. Bem, fui pra uma escola. Muitos funcionários e pessoas novas, uma me chamou atenção.

Uma professora de algum modo me cativou.

Nunca fui um rapaz sociável, sempre evitei puxar assunto com as pessoas, principalmente mulheres. Não me considero um cara feio, mas nada fora dos padrões também. Acho que minha maior dificuldade foi por conta do espectro autista, atípicidade recentemente descoberta, assim como o TDAH.

Estou passando por um momento em minha vida, digamos, doloroso emocionalmente. Após quase um ano em um cargo comissionado, sendo explorado até os nervos, minha saúde mental se deteriorou muito. A ansiedade atingiu patamares incômodos.

Já sofri com isso antes, há uns cinco anos, mas tive melhoras com a terapia. Mas não é exatamente como antes, as razões são diferentes. Tenho me questionado sobre carreira, estilo de vida, objetivos e sentido da vida e, por último, relacionamento.

Bom, estou em uma união estável. Me envergonho um pouco de admitir isso, mesmo aqui, anonimamente. Estou há onze anos nesse relacionamento e não sei exatamente o que aconteceu, estou confuso. Às vezes quero seguir meu caminho, mas as consequências seriam terríveis. Em outras, quero ficar.

Mas de algum modo aquela mulher mexeu comigo, desligou meu cérebro e ligou meu coração. Ela é inteligente, bonita e parece ter rolado alguma química. Posso estar sendo exagerado aqui, já que apenas conversamos. Mas já faz tempo que não sentia isso.

Como disse, não sou experiente nisso, mas... Ela quis saber da minha vida, ela perguntou sobre meus sonhos e compartilhou os dela, compartilhou suas frustrações e, bem, ela é professora de inglês e usei essa deixa pra me aproximar.

De algum modo, sei que não deveria. Mas, por outro lado, há um ímpeto, algo primitivo... Sei das consequẽncias que isso pode causar... Ela é casada e tem dois filhos. A energia dela é de uma feminilidade diferente, uma pessoa que aparenta ter passado por situações na vida que trouxeram experiência, um certo ar de mistério...

Admito, é estranho escrever isso...

Não sinto mais isso por minha atual companheira. Eu não sei se é a rotina, se são nossas personalidades...

Posso quebrar minha cara completamente e me culpar por isso, mas continuar pra ver no que vai dar é algo tentador. É instigante e difícil, um misto de emoções. De algum modo eu sinto que ela é recíproca, possui uma timidez autêntica, como se tentasse esconder alguma dor e quisesse, de algum modo, externalizar essa dor pra mim.

Fico pensando sobre as relações humanas, sobre as nossas falhas. Penso sobre as coisas que casais devem guardar nos fundos de suas mentes todos os dias, talvez para manter uma imagem, serem aceitos na sociedade ou medo do julgamento.

Sei que isso pode machucar, mas como segurar tamanho impulso? É hipnótico.

Um nerd como eu, envolvido no meu próprio mundo de livros e computadores, com meu relacionamento rotineiro de mais de uma década, sem filhos, frustrado...

Seria isso tudo fruto da minha fragilidade ou é algo mais profundo e inerente à minha condição humana?

Como queria eu ouvir de outras pessoas que não estou sozinho nisso, que outras pessoas também passam por isso e encaram a profundidade do dilema existencial humano...

Não se resume apenas à carne; é química, conexão, desejo de união. Algo até mesmo místico, espiritual...

Sei que sou inconsequente, mas o que seria a vida senão um risco?

Bom, caso queira falar sobre isso comigo ou compartilhar alguma experiência, estou no Mastodon... @desconectado.

 
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from Reflexões do Coração

Ultimamente tenho tido muitas reflexões...

Sempre fui um sujeito meio introspectivo, até demais. Ano passado recebi meu diagnóstico, que foi um tanto quanto revelador: sou portador de Transtorno do Espectro Autista com nível 1 de suporte e TDAH.

Sempre tive dificuldades com relacionamentos, interações sociais. Nunca fui muito bom com as mulheres. Contudo, mesmo com tantos desafios, me superei em várias coisas na vida e hoje posso dizer que tenho uma.

Recentemente estive trabalhando em um cargo comissionado, como gerente, na prefeitura da minha cidade. Nunca trabalhei tanto na minha vida e só aceitei pois fui receber o diagnóstico somente durante o meu exercício. Sou servidor público municipal há seis anos e pra mim pareceu uma boa oportunidade, um salário melhor...

Mas, ledo engano: a exploração é enorme. O corporativismo e a política do governo de extrema-direita que atua aqui sugou meu sangue até a última gota nos últimos dez meses. Antes fosse apenas trabalhar nos meus setores. Eu fazia de tudo, dava apoio em todo problema que surgia e era mandado comparecer. Mas agora abandonei esse cargo e retornei para o antigo. Meu salário caiu para mais da metade. Mas esse não é o ponto do que quero compartilhar aqui.

Lembra que havia dito que sou reflexivo? Pois bem, tenho vivido a frustração da vida adulta, às vésperas dos 28 anos.

Nascemos, crescemos e aprendemos, acumulamos experiências ao longo da nossa história. Somos ensinados que precisamos ser de um jeito ou de outro, que o trabalho nos honra e uma série de outras coisas enfiadas goela abaixo pela cultura dominante.

Criamos expectativas, sonhamos em “ser alguém”, que normalmente se resume a ser uma pessoa com bens. Um bom emprego, uma casa, um carro, uma família.

Fixamos isso em nossas mentes por anos e décadas e às vezes não conseguimos realizar isso, mesmo lutando todos os dias, estudando, batalhando...

Tudo isso traz consequências, vêm os problemas de saúde, as frustrações... e chegamos no ponto: tudo isso pra quê e para quem?

Henry David Thoreau converteu seu dinheiro em tempo de vida. Quando comecei a fazer isso e ver quanto da minha vida eu gasto para ter o básico: moradia e alimento, percebi que estava doando muito tempo de vida por migalhas.

Por migalhas doamos nossa saúde, bem estar e tempo de vida para poderosos, sejam eles políticos ou burgueses. No fim das contas, muitos de nós fazemos coisas que sequer agradamos, sem propósito. E pouco nos beneficiamos com isso.

O sistema continua, te cobra, te arranca de si mesmo. Ele cria “entretenimento” barato para te mante ali consumindo e enchendo os bolsos dos burgueses com mais tempo. Você enriquece as pessoas enquanto trabalha e se diverte.

Você realmente acha que acordar todos os dias, ficar mais de dez horas desse dia trabalhando em uma merda de emprego, para chegar em casa e ter sequer tempo de lazer é vida? Viver esperando o final de semana ou o feriado, isso não é vida.

Vivemos buscando coisas e nossa vida se baseia no consumo. Isso é criado! Criado por este sistema opressor em que o combustível que o move são seres humanos.

E acreditamos todos os dias das nossas vidas que esse é o caminho, que esse é o propósito. Qual foi a última vez que você olhou o céu e teve um momento de ócio? Quantas vezes por dia ou por semana vocẽ pode ficar só consigo mesmo e seus pensamentos? Quantas vezes no mês você realmente curtiu a presença de sua família e/ou amigos ao invés de ficar com eles em frente de telas?

Vivíamos em pequenas comunidades e construíamos laços afetivos com os outros, isso trouxe alegria para a raça humana por milênios. E agora ser feliz é doar anos de sua vida para ter um maldito carro? Para ter uma maldita bolsa?

Nossa sociedade é como um doente cergo e surdo... mas mudo... isso não. Ele é ruidoso, invasivo e quase onipresente, desgovernado. Está presente em todos os meios de comunicação tentando te convencer de que você precisa de coisas, quando na verdade você só precisa ser humano, ter acesso à saúde, à educação, a um trabalho que lhe traga propósito e não te sugue o dia inteiro. Trabalhamos 120h por semana ou mais para manter este sistema desgraçado funcionando, enriquencendo os poucos.

Quando iremos, finalmente, cair na real?

 
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from Blog do Emanoel

Lidando com arquivos duplicados com ajuda do rdfind. Após rodar o comando e passar o diretório como argumento, será gerado um arquivo ||results.txt|| com o resultado da análise. Para diferenciar o arquivo verdadeiro dos duplicados, é utilizado um ranqueamento onde o arquivo que aparece primeiro e que esteja mais próximo da raiz, será escolhido como verdadeiro. Os demais duplicados.

 
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from gutocarvalho

Precisa instalar o Docker, Docker-compose, Ctop?

Temos a solução.

1. instala docker+compose+ctop completão

Esse aqui vai instalar docker, vai criar um daemon.json para o docker daemon, vai instalar o binário docker-compose separado, vai instalar o docker-completion para o bash e instalar o ctop, tudo para x86_64.

curl https://install.gutocarvalho.net/docker.sh | bash

2. instala compose apenas

só vai colocar o binário em /usr/local/bin/docker-compose

curl https://install.gutocarvalho.net/compose.sh | bash

binário para x86_64.

3. instala ctop apenas

só vai colocar o binário em /usr/local/bin/ctop

curl https://install.gutocarvalho.net/ctop.sh | bash

binário para x86_64.

4. instala vimrc mínimo para servidores

vai criar o arquivo em /root/.vimrc

curl https://install.gutocarvalho.net/vimrc.sh | bash

Repo

[s] Guto

 
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from Paulo Henrique Rodrigues Pinheiro

GCM

Esse é um debate que tenho acompanhado, sobre a esquerda nacional. Mas cabe aqui também debater localmente essa morte, ou desistência ou abandono das lutas.

Nesse triste domingo, 2 de fevereiro de 2025, testemunhei o abandono das lutas populares pelos “lutadores”. Democratas, progressistas, esquerda, revolucionários. Apenas algumas pessoas presentes, e não organizações ou frentes ou composições ou um encontro de todos frente a uma luta comum.

(Fico contente com minha organização, minúscula ainda, pois de pronto eu e minha esposa estávamos lá, com apoio de nossos dirigentes e camaradas.)

Um grupo de trabalhadores, vindo de um despejo, ocupa outro prédio abandonado no centro de Campinas. Pessoas com um laço orgânico de luta e necessidades, não um movimento. Ocupam um prédio que foi comprado pela prefeitura para beneficiar um oligarca falido. Dinheiro na mão, dinheiro da EDUCAÇÃO usado para beneficiar ricos. Dinheiro que falta na educação da cidade. E assim, muitos oligarcas falidos vão se mantendo às custas do erário público municipal. E a educação em Campinas, “sem recursos”.

Há um decreto de Dário “Saádico” permitindo a imediata desocupação de imóveis públicos. Só há um detalhe: para ser público, depois de vendido, há que se ter o processo consolidado, digamos, o imóvel tem que ser passado “para o nome da Prefeitura”, para ser caracterizado como “público”.

Não é esse o caso, então não cabe à GCM ação de reintegração, muito menos à PM, já que ao antigo proprietário isso não faz mais sentido. Aliás, dinheiro público sendo dado a particulares sem o devido processo burocrático? A mim cheira desídia e corrupção. O mesmo ocorreu com a reintegração feita pela GCM contra o MST, no ano passado, no entorno rural da cidade. Totalmente ilegal, e brutal.

O comandante da GCM responsável pela operação estava totalmente fora de si, louco, essa é a palavra, para ver sangue de trabalhadores, trabalhadoras, crianças e pessoas idosas. Para ele, drogados que poderiam atacar burocratas da prefeitura.

Graças à atuação abnegada de advogados populares, cujo compromisso é com o povo trabalhador, as coisas não foram piores.

Por fim, com a chegada de ambulância e assistência social, os ocupantes foram registrados e transferidos para um abrigo municipal. Repetindo, graças aos esforços dos advogados e advogadas presentes. E também às vereadoras e vereador presentes. Três de seis da bancada de esquerda na cidade.

Essa a situação.

Uma manhã inteira tentando mobilizar mais pessoas e organizações para pressionar e garantir a integridade das pessoas dentro do prédio.

Ninguém mais, além de meia dúzia, isso mesmo, meia dúzia de pessoas. Alertada, a esquerda campineira não teve coragem de sair das suas camas, nessa manhã chuvosa, para se solidarizar a pessoas que estão a um passo de ficar em situação de rua. Pessoas que, espontaneamente, organizam a luta por moradia, sem medo.

Imagino que pelo fato de não estarem sob o cabresto de partido nenhum, são tratados e vistos como “sem dono” mesmo, coisificados, como descartáveis.

Doeu escutar de um advogado que veio ajudar, que “os partidos não querem mais saber”, e ele tem razão.

Às bravas mulheres presentes, dos mais variados matizes, todo meu respeito e admiração pela coragem e pronta disposição para a luta. Também todo respeito e admiração ao advogado Allan que segurou as pontas desde a madrugada (e ao outro advogado, presente e combatente, que infelizmente não memorizei o nome), à advogada Adelaide, que chegou na voadora, ao vereador Romão e vereadoras Paolla e Guida, presentes e combatendo.

 
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from Paulo Henrique Rodrigues Pinheiro

amor

Ela sempre se apresentou misteriosa, difícil, ensimesmada, por isso mesmo fascinante. Bela e elegante, chamou-me a atenção já na pré-adolescência.

Mas eu convivia sem nenhuma pretensão. Apenas convivia, me divertia, e pensava de certa forma entendê-la.

No ensino médio, com os “hormônios em ebulição”, as coisas ficaram um pouco mais difíceis. Era uma paixão, um amor... Mais baseado no passado, do que na atualidade. Apenas observava, outros a compreendiam mais, e flertavam melhor com ela, do que eu era capaz.

Entrando pra vida adulta, estudante universitário, a reencontrei.

Matemática, um grande amor!

 
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from Paulo Henrique Rodrigues Pinheiro

quadro

Esse quadro (The lovers, Jacob Lawrence) foi dado como inspiração para escrever, no curso da Jana Viscardi de minicontos.

Naquela tarde vazia, um paraíso só nosso. Nossa casa, nosso silêncio, nosso sofá desconfortável. Apenas nós dois, entregues a um beijo sem fim. Na cabeça nada; na pele, tudo.

Desse quadro, vendo a vitrola, e o casal caliente, lembrei-me da primeira vez que escutei a voz de minha esposa. Foi por telefone, nos conhecíamos apenas do Orkut, e morando muito longe um do outro.

E nessa tarde sábado, muito melancólica pra nós dois, a música que sempre me vem à cabeça, é o “Tarde Vazia”, do Ira!.

 
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from Outras Coisas Mais

Ontem, estive editando algumas fotografias. Entre elas, havia uma que tirei há alguns anos, de uma pessoa que sempre me cobrava para que eu a enviasse. Não éramos amigos íntimos, talvez apenas conhecidos; saímos e bebemos algumas vezes, fomos a duas ou três festas juntos, e ele sempre aparecia na praça de vez em quando. Frequentemente, nos cruzávamos no ônibus da linha 213.

Hoje, pela manhã, recebi a notícia: “Munição morreu.” “Munição”. Apesar do apelido bélico, Diego Felipe era um garoto tranquilo, sempre com um sorriso no rosto e cheio de planos e expectativas para a vida. Ele compartilhou alguns desses planos comigo entre goles de Cantina da Serra e piadas ruins. Agora, ele se tornou uma estatística de acidente de trânsito. Para os pais, sempre será um filho; para os amigos, uma memória. Para os conhecidos, uma vaga lembrança. Para mim, uma fotografia que nunca será entregue.

Seu corpo agora se decompõe, e os átomos que o formam irão nutrir a terra, os insetos e os vermes. E quem sabe, daqui a alguns bilhões de anos, esses mesmos átomos voltem a ser uma estrela, como já foram bilhões de anos atrás.

 
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from Ler Todos os Mangás do Mundo

estranho contoNa minha vida, li pouco de Suehiro Maruo, bem menos do que eu gostaria. Na realidade, o único que li além desse foi “Shoujo Tsubaki”, já há muitos anos. Tenho uma memória muito forte sobre ele; estava em São Vicente, no primeiro apartamento que morei na vida, lendo o único volume do título durante a madrugada, deitado no escuro, no sofá marrom super confortável (que minha mãe se desfez somente agora, há cerca de um mês), em uma minúscula tela de celular, cujo modelo não consigo especificar.

E era algo rotineiro na minha adolescência depressiva. Virar madrugadas adentro lendo mangá, vendo anime ou, então, jogando videogame. Usava de distração, ponto de fuga, e isso me atrapalhava demais nos estudos e ser alguém produtivo durante o dia.

Fui melhorando, nisso o ritmo de leitura reduziu drasticamente. No meu segundo ano de cursinho, não devo ter lido quase nada. Mas ser um adulto funcional é exatamente isso, não deixar de lado suas obrigações, independente da sua condição física ou mental. Não é algo bom, mas necessário para sobreviver.

Voltando ao título do post, foi um mangá bom pra caralho, mas talvez não tenha sido a melhor escolha da Pipoca & Nanquim como primeira publicação do autor durante muito tempo no Brasil. Muito pouco do eroguru é mostrado, e acredito que certa potência disso poderia atrair o público brasileiro, que já está saturado de Junji Ito. Além disso, é uma adaptação de uma obra de Edogawa Rampo, que esse mesmo público não tem conhecimento popular prévio para aproveitar todo o contexto e entrelinhas que o mangá oferece.

Eu mesmo teria aproveitado bem mais o mangá se tivesse lido o livro antes. Não tinha ideia que se tratava de mais um caso de Kogoro Akechi, sua aparição foi uma surpresa agradável para mim, que conheço o personagem e tenho um mínimo de contexto. Aagora, terei a obrigação de ler mais Maruo, e, também, iniciar com leituras de Edogawa Rampo.

 
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from Paulo Henrique Rodrigues Pinheiro

  • Grandes Esperanças, Charles Dickens
  • As Aventuras de Tom Sawyer, Mark Twain
  • O Vampiro de Curitiba, Dalton Trevisan
  • Em Busca da Curitiba Perdida, Dalton Trevisan
  • Singular Plural, Moacyr Felix
  • Cálculo Diferencial e Integral – Volumes 1 e 2 – Piskounov
  • Obras Escolhidas em Um Tomo, Plekhanov
  • Por Onde Começar, Lenin
  • Vitória a Qualquer Custo, Cecil B Currey
  • Caos – A Criação de Uma Nova Ciência, James Gleick
  • Curso de Física Básica Volume I, Moyses Nussenzveig
  • A Dama do Cachorrinho, Theckov
  • O Anjo Pornográfico, Rui Castro
  • A Guerra Irregular Moderna, Friedrich August Vom Der Heydte
  • Turbo Pascal Avançado, Herbert Schildt
  • O lendário primeiro capítulo – “Conjuntos finitos e infinitos” do volume 1 de Curso de Análise, Elon Lages Lima
  • Tudo que li de Saramago
 
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from jackson

Isto não é uma despedida, é apenas um até logo...

Conheci o grupo Valekers Imperdíveis através do “Curso Escrita é Reescrita” da Aline Valek, cujo preço, a partir de R$ 20, até agora me parece muito abaixo do valor inerente ao potencial de sua proposta, mas inteiramente dentro de minhas possibilidades financeiras (de pessoa que, infelizmente e desde aquela época, ainda sobrevive com um pouquinho a mais que a metade de um salário mínimo, por sorte, numa capital onde o custo de vida permite tal existência).

Pequeno parênteses: quando menciono esse fato, é para justificar que nem sempre posso pagar por coisas que a maioria considera acessível, não para se apiedarem de mim. Eu não sou o único nessa condição e estou me esforçando, dentro de minhas limitações e possibilidades, para melhorar minha situação profissional. Fim do pequeno parênteses.

Naquele tempo, eu já tinha o desejo de revisar alguns escritos para publicação e o curso, inicialmente com três aulas, e até hoje disponível (apesar de a última ainda ser uma promessa), contemplava esse desejo inicial. Mas além das aulas, ele também oferece materiais extras, como, por exemplo, o acesso ao grupo dos Valekers no aplicativo WhatsApp, plataforma à qual eu tinha acabado de retornar, depois de alguma ausência.

Assisti às duas primeiras aulas como quem bebe água gelada sob o sol do meio-dia num deserto, muito feliz e satisfeito, mas sempre sedento de mais, especificamente, na esperança daquela terceira aula que nunca veio (isso não é uma cobrança, risos amarelos).

Então, na busca da fonte daquele possível oásis, ingressei no grupo como quem entra num restaurante muito caro sem ser convidado, completamente mudo. Até que, apesar de tentar passar despercebido, fui compelido a me apresentar e a fazer o ritual de ingresso, o qual não posso comentar, pois, secreto (risos falsos de maquinações maquiavélicas).

Me apresentei, mas não fiz a “oferenda” completa (opa, quase entreguei o ritual), porque ela prescinde da necessidade de você já ter utilizado o aplicativo, o que não era o meu caso, algo que foi prontamente perdoado. Depois disso, continuei como entrei, calado, porém, curioso.

Até que um dia, encaminhei por engano um pedido de ajuda sobre uma receita médica escrita em alguma língua alienígena e, para minha surpresa, alguém do grupo deu a resposta antes que eu pudesse apagar o meu erro (que imediatamente se provou não ser assim um grande equívoco).

Depois desse acontecimento, comecei a interagir mais e a perceber que as pessoas lá tinham um comportamento realmente amigável, em comparação a outros grupos dos quais tive a obrigação de participar, e isso me surpreendeu bastante!

Eu passei a acessar mais o grupo e, devido à cordialidade dos participantes, até esqueci de minhas falhas de comunicação, apesar de me expressar bem por escrito (coisas totalmente diferentes). E foi assim que descobri uma quantidade absurda de conhecimentos relacionados, não apenas à escrita, meu foco inicial, mas também a outras modalidades artísticas.

Já nesse tempo, eu senti que fui atraído para um esquema de pirâmide (compre um curso e conheça umas pessoas legais), uma armadilha! Mas diferente, uma de espécie desconhecida, que pega a gente pelos sonhos, eu realmente sonhei com o grupo! “Grupo tarefa para consertar realidades defeituosas…” é um rascunho resultado de um desses sonhos que pretendo desenvolver futuramente.

A Aline Valek (mãe do grupo) é uma dessas pessoas incríveis que na Bahia chamamos de manifestação. No caso dela, ela é uma das manifestações da própria arte e do fazer artístico! Se acessar sua página, vai entender o que quero dizer, ela faz quase tudo!

E é óbvio que ela é uma das musas inspiradoras de muita gente além dos participantes do grupo. Além disso, ela também tem a capacidade sobrenatural de aglutinar espíritos iguais ao dela, artísticos, e o grupo está repleto deles! Aceite ou não, ela é a singularidade na qual orbitam todos nós, fazedores de todos os tipos de coisas que tocam o coração.

Em breve saio do aplicativo e, por consequência, do grupo, com sentimento de tristeza pela futura ausência, mas de enorme gratidão por tudo que aprendi lá e, tudo de excelente que ele me proporcionou.

Só para citar três exemplos, (1) a leitura de pessoas que escrevem lindamente, (2) minha regularidade na escrita e (3) a publicação de meu primeiro livro! Eu não teria conseguido nada disso sem o grupo e, por isso, cada batida de meu coração reverbera, ainda que em tons e acordes diferentes, uma única palavra (sentimento): obrigado.

“O grupo mais imperdível da galáxia! Uma baguncinha organizada” é a descrição do grupo no WhatsApp, uma descrição que realmente reflete a realidade ali presente. Ele também tem uma página disponível neste link: Valekers Imperdíveis.

 
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