Ler Todos os Mangás do Mundo

nomadAcabei de acabar a segunda temporada de Megalobox. Estava enrolando por um bom tempo, assisti simultâneo ao lançamento até o episódio 5, mas daí acabou que eu tava um pouco desanimado e resolvi esperar sair tudo. Desanimado não por não estar gostando, mas por outras questões que não vem ao caso. Mesmo depois de sair tudo, dei uma enrolada, terminei só agora. Dessa vez, não por estar desanimado, mas por querer aproveitar ao máximo e aos poucos, comer pelas beiradas.

Quando vi que ia sair uma segunda temporada (com um nome foda; NOMAD: MEGALOBOX 2), resolvi assistir a primeira. É um anime que eu queria assistir já tinha muito tempo, mas sempre aparece alguma outra prioridade e assim vai. Pra não falar que não gostei da primeira temporada, posso dizer que achei bem mediana. Acho um termo razoável. Segue muito a fórmula de Rocky Balboa, e isso eu detestei. Acho que o interessante foi ver uma analogia do quão engessado o boxe é nos dias de hoje, devido a regras e afins, um esporte sem muitas emoções. Tão engessado que, no futuro, são máquinas que lutam, não mais os lutadores. E dai vem a luta final: nenhuma máquina importa, Yuri abandona tudo pelo espirito que há muito se perdeu no esporte.

Outra coisa que acabou me incomodando muito, é o foreshadowing constante da possível morte de Joe. O anime é uma homenagem a Ashita no Joe, os fãs esperavam a morte do protagonista no final, claro. Só que esses momentos são muitos, e dai fica meio óbvio que essa expectativa vai ser quebrada. Apesar de tudo, foi bom, anos depois possibilitou uma segunda temporada, inclusive desvinculada ao mangá de Kajiwara.

O final da primeira é perfeito, no sentido de que nada deixa de ser resolvido ou debatido. Fiquei um pouco intrigado, o que fariam? Pensei que o foco seria algum discípulo de Yuri (o grande rival), seguindo os moldes de Rocky mesmo. Acabei quebrando a cara, apesar de ser temática da série, não chega nem perto de ser um foco, todo o rolo dura uns 2 ou 3 episódios, lá pela metade da temporada.

Começa com Joe vagando por pequenas cidades num deserto, como um nômade mesmo. Um punished Joe, viciado em anti-inflamatórios; algo que eu nunca esperaria vindo dele. Passam-se 5 anos da final do primeiro torneio de Megalobox, e fica meio que uma incógnita do que aconteceu nesse meio tempo com a Team Nowhere. Aos poucos, por meio de flashbacks e alguns diálogos, tudo vai sendo revelado.

E eu acho que ai é que fica interessante. Joe tem que lidar com os erros que cometeu no passado, se desvincular dos vícios que foi adquirindo com o tempo e tentar resolver as mágoas (dele e dos outros). Tudo isso é construído de uma forma muito singela, bonita. Coisa que não esperava de um anime (inicialmente) sobre esporte.

Pela metade, Joe volta para casa, tentar corrigir tudo que fez. Eu pensei, pronto, vai cair a qualidade e voltar a ser Rocky Balboa. Mas quebrei a cara uma segunda vez. Joe agora é muito mais maduro, não é (nunca foi) sobre lutar. As lutas que rolam acabam ficando como segundo plano para aprimorar a história dos personagens, principalmente de Mac, o rival final da temporada.

Há um conto infantil que é mostrado durante os episódios gradualmente, intitulado “O Nômade e o Beija-flor”. Tentei ficar buscando a relação dele com a temática da história, “Quem é o nômade? Quem é o beija-flor?” Inicialmente, estava muito claro que Joe seria o Nômade (pelo nome da temporada e, inclusive, ser a alcunha dele enquanto estava dentro das lutas do submundo), e, consequentemente, Mac seria o beija-flor. Pela terceira vez estava errado. Não é sobre identificar quem é quem. Em alguns momentos, Mac é o nômade, assim como Joe é o beija-flor. Há vezes na vida que somos um, há vezes que somos o outro. Nada é pedra. Esse jogo acaba tornando os personagens muito mais bem construídos durante toda a trama. Me veio a cabeça Monster, do Urasawa, tem algo parecido (não lembro muito bem), envolvendo o escritor de histórias infantis. Enquanto escrevo isso, inclusive, me veio uma vontade louca de reler.

Enfim, faz tempo que não jogo nada por aqui. O fim dessa temporada me deixou muito sentimental, talvez ajudasse escrever sobre.

hoshi no samidareNa nota #9, mencionei que estava lendo Hoshi no Samidare de novo, já há uns dois ou três meses. Agora, escrevo a nota #12 com uns dois meses a mais de diferença. Ou seja, demorei quase cinco meses pra terminar a leitura. Empaquei totalmente nos volumes 4 e 5 (num total de 10). A culpa maior é minha: como já mencionei antes em outras notas, tem épocas que não tenho tanta vontade de ler mangá.

Me coloquei num questionamento que eu não esperava. Hoshi no Samidare sempre esteve entre meus mangás favoritos, desde a primeira vez que li. Depois de 6 anos, precisei pensar se ele realmente estava nesse hall. Não tinha ânimo nenhum para lê-lo. Nenhum. Questionamentos como “será que eu mudei tanto assim?” ou “não é possível que eu tenha achado isso tão bom assim” começaram a surgir.

Acho que até o volume 5, não vi muita coisa de interessante ali mesmo. O ritmo é lento (e, agora que terminei, entendo o porquê de ser lento) e, apesar de ter um humor realmente divertido, não consegue se sustentar pra valer a pena. O que mais me interessou foi a questão da motivação dos protagonistas, que foge do padrão da maioria dos shonen de lutinha: apesar de haver o vilão que deseja a destruição total, Amamiya e Samidare não querem parar o Biscuit Hammer para salvar a Terra, mas para que eles mesmos consigam destruí-la. Acaba que formam-se três forças distintas nesse jogo: Animus, que quer ativar o martelo gigante, a Ordem dos Cavaleiros das Feras, que querem impedir Animus, e, por fim, Samidare e seu leal servo Amamiya, que querem, também, destruir o planeta. Porém, apesar desse jogo tornar tudo mais interessante, não acho que seja o suficiente pra entrar nos meus favoritos.

Dai veio o sexto volume. E puta merda, como eu me enganei feio dessa vez. Uma coisa que eu esqueci completamente, gosto desse mangá justamente pelos atos finais. Uma coisa boa não necessariamente precisa me agradar do começo ao fim. São 10 volumes, é muito difícil manter um ritmo alucinante (e interessante) por tanto tempo. Eu fui ingênuo, isso sim. Do sexto pra frente, li tudo em questão de 3 dias.

As coisas se tornam muito mais interessantes. Agora, o foco maior são os Cavaleiros das Feras (que, até ali, eram quase um segundo ou terceiro plano) e como eles encaram a luta. Individualmente, cada cavaleiro vai imergindo cada vez mais no grupo, expondo suas fraquezas, encarando seus medos e afins. Até que chega um ponto que peças antes soltas tornam-se um componente vital para a sobrevivência conjunta do grupo. Além de tudo isso, há, em paralelo, a continuidade dos planos de Samidare e Amamiya, e cada cavaleiro que se envolve com ambos acaba por tornar tais planos cada vez mais difíceis, até que chega a um ponto em que são impossíveis de serem concretizados. Toda trama cruzada dessas duas facções me deixa completamente fissurado. Como esconder algo de alguém que você confia? Como se preparar para a inevitável traição? Aos poucos, se vê a mudança de Amamiya, deixando de lado todo e qualquer desejo de destruição, substituindo tudo isso por um grande sentimento de amor. E isso é lindo.

Eu poderia me prolongar bem mais falando sobre essa segunda parte, mas não vou ultrapassar a barreira do spoiler. Hoshi no Samidare merece o posto de favorito. Coloquei nessa categoria pois me impactou demais como releitura. Além de toda odisseia da demora, eu chorei demais no final dessa segunda passagem. Na primeira, não cheguei a chorar, me lembro bem disso. É legal ver como muita coisa muda na gente. Agora, 6 anos depois, o fim me tocou bem mais. Tudo bem que eu sou uma manteiga derretida, mas isso é prova o quanto nossas experiências de vida podem modular a forma como consumimos e vemos as coisas. E é um hábito que eu adquiri nesse desafio, reler mangá. Era muito difícil eu pegar e repassar por algo que já fiz, seja filme, livro, o que for. Agora, vejo isso com muito mais importância, e pretendo continuar fazendo muito mais.

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Poderia ter posto em outra categoria, mas essa se aplicou demais. Depois de tempos sem me animar com mangá, essa porra me fez voltar a ver algum brilho. E puta merda. Mas que mangá do caralho. Tava me segurando pra não ler tudo e fazer render, mas não teve jeito, foi numa tacada só.

Confesso que os primeiros capítulos não me cativaram tanto. Mas a partir do quarto, talvez quinto, a coisa foi mudando de figura. Já no décimo estava totalmente imerso. A relação de Kuro e Shiro me ganhou demais, aquilo ali é mais que amizade ou família, aquilo ali é o que define a existência de ambos. Tanto que, quando separados, são irreconhecíveis. Kuro se identifica e se protege em Shiro muito mais que em seu eu. E o oposto também é válido. Isso é lindo.

É muito interessante como Kuro, o cérebro da equipe, se perde totalmente depois que decide afastar Shiro da cidade. Não há razão que consiga segurar a perda, a vinda do grande mal (encarnado como o Fuinha) é inevitável.

Nunca tinha lido nada do Matsumoto, apesar de gostar muito da animação de Ping Pong. Logo lerei mais coisa dele, pelo visto vale muito a pena.

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tomieFazia tempo que eu não postava por aqui, já tinha escrito um pouco sobre na nota #9, perdi totalmente minha animação pra mangá. E é perigoso. Da última vez que tive isso, foi quando resolvi começar o desafio e ler Bleach. Que atrocidade posso cometer dessa vez, ler Fairy Tail talvez?

Bom, acabei lendo Tomie. Culpa do meu consumismo. Estava vendo uma live do Pipoca & Nanquim, em que a equipe anunciou que restavam pouquíssimas cópias de Rohan no Louvre disponíveis para compra (se eu me lembro bem, 73 cópias) e que não haveriam planos para reposição. Corri e garanti o meu, o Rohan é o meu personagem favorito de JJBA e não podia deixar de ter essa peça na coleção. Acabou que anunciaram na mesma live a pré-venda do volume 2 de Tomie. E, se comprasse junto com o volume 1, ganhava um baita desconto. Não pensei duas vezes, e esse é o estratagema do consumismo.

A questão é: eu não sou o maior fã do Junji Ito. Ou ele acerta em partes, ou ele erra feio. Uzumaki se perde quando deixa de ser formado por capítulos desconexos para virar uma história contínua. Gyo se perde no gore, tudo ali é intenso demais, apelativo, entra o dramalhão, a mistura não fica legal. Ma no Kakera, publicado como Fragmentos do Horror no Brasil pela Darkside, possui um ou dois contos que valem a pena ler, o resto é totalmente desinteressante, nada se salva. E eu já tinha lido os primeiros capítulos do Tomie há muito tempo atrás, e sabia que não é do meu gosto. Quando recebi as edições, achei o acabamento muito bom, e me peguei pensando que tinha comprado justamente pela parte física do livro, e não pelo conteúdo.

Fiquei com raiva. Resolvi sair do limbo de não ler nada de mangá há meses (nem One Piece estou acompanhando, que vergonha) e ler esse para não sentir que joguei dinheiro fora, com o ódio como minha motivação. E deu certo, tanto que terminei. Como são boas algumas surpresas, acabei gostando bastante do título, é a melhor coisa que já li do autor.

Tomie é um organismo macroscópico que funciona com as lógicas moleculares. Como DNA, Tomie tem o impulso primário de reprodução e necessita de todo um maquinário para isso. As moléculas de material genético comandam o comportamento celular para atingir seu objetivo de clonagem, assim como Tomie precisa seduzir os homens e comandá-los a realizar ações absurdas para, no fim, esquartejá-la e espalhar seus pedaços pelo mundo.

Há um ponto nisso tudo, semelhante aos primeiros capítulos de Uzumaki, que torna tudo muito mais interessante. A grande potência do horror da obra não está no sobrenatural, na Tomie em si e em suas deformações, mas sim na loucura dos homens e até onde são capazes de ir. É essa perversão que me deixou realmente assustado, um controle praticamente molecular, não há como lutar contra. Se Tomie aparecesse na minha frente, todo meu organismo ia agir para que eu realizasse o esquartejamento da garota. E isso é assustador.

Uma última consideração, meio desconexa de tudo que comentei até agora. Li em muitos fóruns de teorias sobre o que é a Tomie, e tem muita gente dizendo que ela é uma Succubus e tal. Achei uma merda. Parte da graça é desconhecer a origem da garota, não sabemos nem se o primeiro esquartejamento ilustrado foi realmente o primeiro. Além disso, nem toda sedução de Tomie está ligada ao sexo, há capítulos que essa sedução se move por conta da juventude, ou por conta da maternidade (tanto na posição de mãe quanto na posição de filha), por exemplo.

No final, ter me impulsionado pelo consumismo acabou me trazendo uma boa leitura. Não que seja de todo bom, acabei gastando mais dinheiro, poderia ter lido online. O consumismo me seduz tal qual Tomie me seduziria.

pokemon specialEstou completamente desanimado quando o quesito é mangá. Não é preguiça de ler, mas é algo que já aconteceu outras vezes: não encontro nada que me dê vontade de engrenar naquilo e passar horas e horas lendo. Vontade não falta, o problema é o interesse. Peguei Pokémon influenciado pelo Davi, que disse que ia reler comigo (o que, em teoria, deveria me ajudar a desenvolver esse interesse, já que conversamos praticamente todos os dias) mas já largou o navio também.

Não é a primeira vez que leio esse arco da primeira geração, li acredito que em 2014. Confesso que gostava bem mais na época, estava mais ligado a Pokémon num geral do que hoje em dia. O mangá ainda é interessante, divertido, singelo, humilde, mas sinto que falta uma tensão, principalmente no arco do Red. Esse ponto melhora bastante na parte final do arco do Yellow, nos dois últimos volumes.

O que eu acho mais legal é que as batalhas seguem uma lógica própria, e não tenta se influenciar de outros sistemas, como os jogos e TCG. Aquilo ali é original, Pikachu criando uma cópia autônoma com Substitute, uma prancha de surf com o mesmo golpe, Golbat tem uma mini-televisão na boca. Esses pontos mais inventivos dão uma graça maior ao mangá.

Paralelamente, estou relendo Hoshi no Samidare, já há mais de dois ou três meses. Espero terminar em breve. Postar aqui usando o migué de “completei uma geração” mesmo não completando o mangá inteiro é pra ver se eu me animo mais rs.

slam dunk 20Sobre dar tudo de si. É muito bonito ver, no final dos jogos, os personagens suando, as pernas tremendo, a cara de quase estar desmaiando. Confesso que estava certo da derrota do Shohoko no último jogo, e acabei quebrando a cara. Eu tava crente que o mangá tinha que acabar com uma derrota, justamente pra finalizar com o arco. Pensando agora, a derrota do Sannoh era inevitável, todo limite humano ali foi extrapolado pelo time vencedor (tá aí uma semelhança com Vagabond). Inoue me enganou muito bem, finalizando em uma única página, ao invés de contar o jogo da derrota.

Do caralho esse daí. E eu nem sou de curtir esporte.

dororoBom, usando isso aqui pra abrir caminhos para me tornar mais otaku e comentando coisas não relacionadas ao desafio.

Digamos que eu nunca fui um fã de Tezuka. Guilherme diz que existem dois tipos de pessoas que usam o my anime list: os que são incel e os que são fujifruiteiros. Eu sou desse segundo grupo, minha obrigação é, acima de tudo, falar mal do Tezuka.

Pois bem. Ainda pretendo ler Dororo, encaixando na categoria “Read a manga that includes a character with a disability” do desafio (provavelmente, muito em breve). Acabei de ver o anime produzido em 2019, pelo tal estúdio MAPPA, que ultimamente anda fazendo bastante sucesso. É triste o que fizeram com o negócio. Tentaram criar uma atmosfera mais adulta e acabaram apagando qualquer resquício de humanidade que Dororo supostamente tem. O que é um grande problema: a temática do anime é justamente a indagação do que é o ser humano. Se eu não me engano, é um dos mais violentos do Tezuka, mas nada explica o que fizeram nessa adaptação. Triste, de verdade. Acaba que as historinhas presentes em cada episódio ficam totalmente vazias, já que a estética adulta tá sempre ali estragando tudo.

Fora o final, que é totalmente contraditório. Hyakkimaru luta, durante 23 episódios, para deixar de ser um sacrifício para que, no último episódio, deixar que sua mãe, seu irmão e a pessoa que o criou se sacrifiquem por ele, sem ao menos ponderar sobre isso, sem ao menos ter empatia por quem ele ama. Mais uma vez, a humanidade foi deixada de lado em prol da atmosfera adulta que tentaram criar e a dramatização exagerada que tentaram enfiar ali no meio.

E no final nem falei mal do Tezuka. Da próxima vez ele não me escapa.

sbr 15Depois de ter saído do hospital, escolhi algo que eu gostava muito, justamente pra ver se me alegrava um tico. No final, até que ajudou.

Eu não costumo reler títulos que já li, porque sempre penso que preciso expandir mais e mais minha biblioteca de lidos. E é foda, muita coisa eu sequer lembro direito, minha memória é podre (não é o caso desse título, antes de reler eu lembrava muitas coisas, inclusive a ordem dos inimigos).

Mas é algo que vou fazer mais, de agora em diante. É sempre bom revisitar coisas que você gosta muito, não sei o porquê de não fazer isso com mangá.

E SBR foi um dos primeiros mangás que peguei pra ler, foi o primeiro que sentei a bunda na cadeira do PC e li por horas e horas. Me encantou demais, por ele talvez que eu tenha estado nesse universo até hoje. Eu já tinha assistido muitos animes, mas mangá é uma parada totalmente diferente.

Reler deu até saudade de uma época bastante (in)tranquila da minha vida. Não eram tempos melhores, mas ainda sim bate a saudade. Se pudesse eu faria tudo diferente. Made in Heaven.

chainsaw man 1Terminei esse aqui quando eu tava internado no hospital. Foi bem ruim, pensar em um monte de coisa que eu não gostaria de pensar, tudo se amplifica quando você tá no mesmo quarto a mais de duas semanas, sem conseguir levantar da cama por dois dias completos. Imagino que a vida do protagonista antes da chegada de Makimo tenha sido assim, e acho que isso explica muito das decisões de Denji ao longo da história.

Bom, por que eu luto? Eu não me orgulho das razões, mas no fim não é nem o que interessa. Tá tudo bem lutar por qualquer razão, mesmo que essa razão seja uma bucetinha. Isso me destrói, pois eu poderia estar lutando usando razões mais nobres (?), ou, pelo menos, menos sujas, no final não haveria diferença alguma.

E não há sofrimento maior do que perder quem você se importa. Isso destrói qualquer um, independente da luta e das razões. Faz você se tornar o Herói do Inferno e foda-se. Destruir é tudo o que você consegue fazer.

Se Chainsaw Man tem um objetivo é te fazer sofrer. E, pelo visto, conseguiu muito bem por aqui.

wanted 1É meio óbvio do porquê escolhi esse: o Oda é um dos meus autores favoritos e não conhecia esse ainda. Muita coisa daí ele usa depois em One Piece, como em “Monsters” há o samurai Ryuma (tal qual o lendário samurai de Wano, que faz aparição em Thriller Bark).

Eu já tinha lido Romance Dawn, e tava achando estranho estar diferente do que me lembrava. Fui procurar, e parece que essa é uma segunda versão um pouco mais curta, a que eu li tava no RED – Grandes Personagens. Diferente, curti. One Piece sempre é bom demais.