Eu vou começar o desafio já trapaceando. Marquei o título como completo mesmo não tendo lido todos os capítulos. Mas eu recebi a permissão do meu coração, então vou fazer isso mesmo. Minha consciência está limpíssima.
É o que eu tava conversando com o Guilherme e com o Davi. Bleach tem um fim, que a gente tá acostumado, com o último capítulo, no caso, o capítulo 705 (o número não é bem esse, já que alguns possuem a numeração negativa, como o momento que conta como os Vaizards se tornam Vaizards). E Bleach tem um fim moral, basicamente que é quando a qualidade do mangá começa a despencar sem motivo algum. O Guilherme diz que é quando começa a rolar as lutas dos vice capitães contra Arrancars aleatórios, pra proteger a ilusão da Cidade de Karakura no mundo real. E eu concordo com ele. Inclusive, são lutas que não fazem o menor sentido, do que adianta criar uma projeção se o próprio Aizen já sabe que é uma projeção?
Mas o que me deixou mais puto foi o Aizen. Puta que pariu, que personagem de merda. Simplesmente tá ali pra preencher o posto de vilão supremo. Li até a queda dele, pensando que o panorama ia mudar, mas não. E ainda vem com um papinho de “eu te deixei forte, Ichigo”. O maior megamente que já existiu, planejou todos os detalhes possíveis. É como se nada do mangá, até aquele momento, foi variável. Não vou nem mais comentar sobre pra não passar mais raiva.
Eu fico chocado em pensar que um cara consegue escrever tão bem o arco da Soul Society pra depois transformar o mangá numa desgraça completa. Ler Bleach é ter a certeza que no fundo do poço ainda tem um porão. Depois do fim moral tudo desmorona e não volta nunca mais. Eu prolonguei um pouco mais, até a queda do Aizen, justamente pra dar alguma chance que seja. Mas não dá, intragável.
Vale destacar algumas lutas, são realmente muito boas. As duas do Kenpachi e do Mayuri, Ichigo contra Grimmjow, Soi Fong contra Yoruichi e Rukia contra o nona espada. Essas foram minhas favoritas. Além disso, gostei bastante do Hitsugaya, porque ele é um personagem principal seguindo um caminho meio paralelo.
Ah, última raiva. Tanto personagem subaproveitado, mas tanto. Os próprios Vaizards, o Gin, a Matsumoto. A lista é enorme.