Dá-me de comer aos vermes.
Que eles se empanturrem
com minha carne podre.
Que devorem olhos e língua —
pois já não preciso deles
senão para vê-la
e lisonjeá-la.
Que se fartem de meu coração —
pois já não necessito viver,
tampouco sentir.
Mas antes de voltar ao pó
terei primeiro eu
que sucumbir.
Não te preocupes em sujar as mãos —
essa tarefa cumprirei eu mesmo:
afogando-me
em goles de poesias
e garrafas de desejo.
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Cruzamos nossos olhares
e nossas mãos
Entrelaçamos
nossos corpos —
nos braços um do outro
Subi um degrau
e ela desceu mais um
Encontro!
(Os lábios dela nos meus)
Foi rápido
Ela já não estava ali
quando o meu corpo estremeceu
e minha alma dançou
Surpreso, sorri
E naquela noite
decretei que era amor
aquele arrepio na espinha
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Há dois tipos de desejo:
o da carne e o da alma.
Não são opostos —
pelo contrário,
é quando ambos se manifestam juntos
que o fervor da paixão
se torna súplica do amor.
Se em teu sorriso me perco
e tua forma desejo,
é no silêncio do teu olhar,
nos teus gestos ao andar,
na alegria do teu estar,
na musicalidade do teu falar,
na intensidade do teu existir —
que me entrego por inteiro.
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Lembro...
teus sorrisos:
alguns tímidos,
outros sem nenhuma vergonha,
descontraídos, espontâneos.
Lembro teus gestos:
singelos, suaves,
alegres —
passos dançantes,
momentos marcantes.
Amiga, conhecida,
dama, flor,
menina, mulher.
Carisma, paixão, amor.
Música é tua voz,
tua existência — poesia.
Nestes versos,
faço da lembrança nostalgia,
envolta em melancolia.
Saudades de ti,
doce menina.
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Sou teu,
quando me largo
no aperto dos teus braços.
Quero ser só teu,
quando me afogo em teus lábios.
Sou assim,
vendido a todas,
mas de uma só.
Quando —
serei assim,
somente teu, sobre a cama,
junto a ti.
Após,
não se sabe.
Pouco importa.
Pois serei sempre teu,
e unicamente teu,
quando entrares
e fechares a porta.
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Em anexo,
no peito;
Guardo um retrato
que não há
Nos olhos:
tatuagem de teus lábios,
aos quais sempre vejo
Tenho em mãos
a carta que nunca lhe escrevi
Escondido nas sombras —
meu amor marginal
Em silêncio,
dedico canções
Em distância,
beijo-te a boca
E tu me devolves
a ti
De peito nu e
pés descalços
Delírio!
E noite adentro,
me perco no aguardo
te te teres em meus braços —
e saborear teu amor amargo
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Uma fotografia.
O coração dispara e no rosto,
um sorriso em esboço.
Enquanto a minh'alma baila,
no embalo da canção
que é a tua efígie.
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Em júbilo —
anuo em deleite
aos caprichos de tua
efígie
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Um anjo gótico —
beleza e mistério
Da face oculta,
apenas os olhos
se revelam
Arrebatam a alma,
cativam o desejo
Estes olhos
tão belos
que em versos cortejo
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Venero teus olhos
me encontrando nos teus
Cobiço teus lábios
encontrando os meus
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