Amargo

Em anexo, no peito; Guardo um retrato que não há

Nos olhos: tatuagem de teus lábios, aos quais sempre vejo

Tenho em mãos a carta que nunca lhe escrevi

Escondido nas sombras — meu amor marginal

Em silêncio, dedico canções

Em distância, beijo-te a boca

E tu me devolves a ti

De peito nu e pés descalços

Delírio!

E noite adentro, me perco no aguardo te te teres em meus braços —

e saborear teu amor amargo

— Por Creme de Uva e seus outros alter egos


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