#14 – READ A MANGA THAT STARTED SERIALIZATION IN THE 80S – BATTLE TENDENCY (69/69)
Essa semana voltei de BH para Santos, trazendo comigo o primeiro volume da segunda parte de Jojo. Os outros três, que completam o título, comprei durante a pandemia, acabou que ficaram longe dos primeiros. Agora, como todos estavam em Santos, resolvi ler. Já tinha visto o anime (claro), mas nunca lido o mangá.
Confesso que lembrava bastante de tudo, só alguns pontos e detalhes tinham se perdido na minha memória, coisa rara. Apesar disso, tive a mesma voracidade pra consumir tudo como se eu estivesse vendo pela primeira vez (acabei em dois dias e meio). Eu entraria na discussão dos motivos desse mangá ser um clássico, mas acho que não tenho propriedade nem arcabouço pra dizer coisa desse tipo. Mas, numa conversa de bar (ou seja, cabe no intuito dessas notas que faço), eu diria, “é um clássico!”, justamente por, independente da quantidade de vezes que leio ou releio, Jojo sempre me ganha por nocaute.
Agora, sobre o desafio “ler todos os mangás do mundo”, em geral, eu acabo lendo o que dá na telha e depois acrescento na lista em alguma categoria que eu considere razoável. O que não me parece tanto um desafio, vira apenas uma organização de leitura. Talvez por ter tantas categorias, espero que, conforme vou fechando o cerco, a coisa fique mais interessante. Eu deveria ter limitado o número de opções, me guiando pelas categorias maiores. (Apesar de comentar isso, gosto muito de fazer, até me incentiva, mas na próxima farei como acabei de dizer).
Esse breve comentário, na realidade, foi para me justificar o porque de encaixar a parte 2 nessa categoria. No último volume da edição brasileira, o quarto, há um texto epílogo do próprio Araki. Não sei onde originalmente ele está, depois irei caçar mais a fundo. Mas, pelo o que parece, é um comentário de revisita, anos após a finalização da parte. Nele, Araki cita como as partes 1 e 2 foram influenciadas pelos anos 80, assim como as posteriores, principalmente estas regadas a “efervescência que Prince trouxe”. Depois desse texto, só consigo pensar que JJBA inteiro é uma reverberação dos 80, sempre esteve ali na minha frente.
PS.: Nesse texto também há um ponto interessante que o Araki tece: a vontade que ele possuía de mostrar até onde o humano poderia ir nas duas primeiras partes, mas, nas seguintes, queria “passar do corpo superior à mente superior”. Pensar nessa frase comparando com os atuais é um bom exercício. Onde Araki chegou, hoje em dia, após passar pela mente superior?